Ingmar Bergman é considerado um dos maiores mestres do cinema mundial. Com uma filmografia extensa, construída ao longo de décadas, o diretor influenciou da Nouvelle Vague francesa a cineastas contemporâneos com sua estética particular que servia a uma exploração de temas filosóficos e teológicos raros no cinema até então.
Partindo de uma pesquisa acerca do silêncio de Deus no cinema de Bergman, esse livro toma o diretor como um filósofo e pensador autônomo e busca dentro de suas narrativas uma articulação original de perguntas abordadas pelo existencialismo e outras vertentes filosóficas. Bergman era um leitor dedicado, mas seus filmes mergulham nos temas que lhe eram caros como mais do que simples ilustração de opiniões externas, através das imagens e personagens ele constrói seu próprio pensamento, que esse texto deseja mapear.
Esse mapa acompanha Bergman e a questão a respeito do sentido da vida em um mundo abandonado pelo divino, e o que isso significa para seus personagens e sua relação com eles mesmos e os outros, desde os filmes mais otimistas dos anos 50 até a fase sombria dos anos 60 e 70 e o estilo tardio de Fanny e Alexander. Repetitivo e obsessivo, Bergman debruçou-se sem parar sobre as mesmas questões, mas as olhou de ângulos diferentes enquanto amadurecia como artista e é esse percurso, e as possíveis respostas encontradas por ele, que esse livro traça.
Sobre a autora:
Isadora Sinay é formada em cinema e doutora em literatura judaica pela Universidade de São Paulo. Crítica literária e ensaísta, já publicou em veículos como as revistas Deriva, Pasmas e os jornais O Estado de São Paulo e O Globo. Atua também como tradutora e professora. É autora de Você não deve esquecer nada: memória e identidade na ficção de Philip Roth, lançado por esta editora.
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Edição: 1
Ano: 2023
Assunto: Literatura Nacional – crítica e interpretação
Idioma: Português
País de Produção: Brasil
ISBN:
Peso: 0,270 kg
Nº de Páginas: 168
Capa e projeto gráfico: Osvaldo Piva
Editora: Folhas de Relva Edições
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